Clonagem
Dolly foi o primeiro mamífero clonado a partir de uma célula somática adulta. Ou seja, ela é uma cópia perfeita e felpuda de outra ovelha. Três mães contribuíram com seu nascimento. Uma forneceu o ovócito, a outra, os cromossomos que foram inseridos no núcleo desse ovócito. A terceira foi a responsável pela gestação. O ovócito é um óvulo imaturo, em um estágio prévio de desenvolvimento.
O óvulo é uma célula reprodutiva. Ou seja, possuí apenas metade do DNA necessário para gerar um ser vivo completo. A ideia, um clássico do ensino médio, é que a outra porção de cromossomos venha do pai, através do espermatozoide. A união e fusão dos dois gera uma célula completa, que se multiplica e vira um filhote. Fazer um clone é tirar essa “metade” de DNA que vem de fábrica com o óvulo e substituí-la por uma carga genética completa. Se já está tudo ali, não há necessidade de um espermatozoide trazer a metade que faltava. Basta estímulo artificial para o óvulo se tornar um novo ser vivo. Ele é implantando no útero de uma “mãe de aluguel” e cresce normalmente. Só há um problema: ele será idêntico ao dono da célula usada no processo. Afinal, o que impede que existam dois exemplares iguais da mesma espécie é a mistura única da carga genética do pai e da mãe. Tire um deles e voilá, você terá um clone.
Isso é um desafio ético. Não há, em teoria, nada de perigoso na existência de um par de ovelhas idênticas. Mas não se pode dizer o mesmo de ser humano. Já pensou o que uma cópia fiel de você seria capaz de fazer em seu nome? A protagonista de Orphan Blacksabe. A polêmica está no ar, e a clonagem é alvo de interesse científico e econômico. Sir Ian Wilmut, o cientista responsável pelo nascimento de Dolly, falou, ao jornal britânico The Guardian, que seria possível criar uma “Arca de Noé” genética, um banco de amostrasde tecidos que poderiam ser usadas por cientistas no futuro, com técnicas mais avançadas que as disponíveis atualmente, para evitar a extinção de espécies ou traze-las de volta do mundo dos mortos — ao melhor estilo Jurassic Park.
No final de 2015, a China anunciou a construção do maior centro de clonagem animal do mundo, localizado na cidade de Tianjin, no norte do país. Animais domésticos, cavalos de corrida e gado bovino serão “produzidos” no local através da técnica. Foram investidos 31 milhões de dólares nas instalações, que poderão produzir até 10 mil embriões bovinos por ano. Uma forma inusitada de suprir as necessidades alimentares do país continental. 63% dos americanos não consumiriam carne oriunda de animais clonados, e 90%defendem que os legisladores levem em conta questões éticas na hora de regulamentar a clonagem. Grupos de defesa dos direitos dos animais se opõe à prática. A produção de quantidades industriais de bichos idênticos facilitaria a objetificação dos seres vivos, e reforçaria a ideia de que são como máquinas a serviço do homem. A ineficiência do processo de clonagem pode ser degradante: em 1996, 277 embriões clonados foram implantados, e só Dolly sobreviveu. Ela morreu cedo, aos sete anos, em 14 de fevereiro de 2003, de uma doença pulmonar grave. A ovelha também sofria de artrite precoce, um entre os vários problemas a que animais clonados estão sujeitos.
Grupo: ALISSON , ANA LAURA , SANTIAGO , KEVEN , FELIPE , KLEITON , THAIANE E GABRIELA.
Referência: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2016/07/como-foi-clonagem-da-ovelha-dolly.html
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